segunda-feira, 28 de dezembro de 2015

Por onde tu anda?

Por onde tu anda?
Escondida num quarto escuro
Dentro de mim...
Em silêncio...
Acoada, com medo...
Há tempos não te chamo pra perto
Há tempos eu te deixei de lado
Mas, afinal, por onde tu anda?
No fundo, eu sinto tua falta
Dos nossos minutos de solidão
Onde só tu me fazia companhia
Tu morava nas pontas dos meus dedos
Na memória imediata, ou nem tanto
E eu sempre te mandava embora
E tu ia feliz morar no papel
Mas por onde tu anda?

Mateus Carneiro
27/12/15 - 07:20

segunda-feira, 14 de abril de 2014

Desde sempre... (para Olívia)



Desde sempre
Eu te queria
Assim tão perto
Água e mar

Desde sempre
Eu te esperava
Assim tão certo
Vida e ar

Desde antes
De ver teu rosto
Te carinhava
Te via vindo

Desde antes
De saber teu nome
Eu já te amava
Já te via sorrindo

Desde sempre
Desde muito antes
Antes mesmo
De sonhar contigo

Desde sempre
Desde muito cedo
Antes mesmo
De ser teu abrigo

Eu já era inteiro teu
Teu porto, teu pai
Sempre vou ser inteiro teu
Pra ouvir teus risos, ouvir teus ais

Eu sempre esperei pra te ter no colo
Te fazer ninar, te chamar de filha
Sempre sonhei em sentir teu cheiro
Ser teu amparo, minha pequena Olívia


14/04/2014 – 20:13


segunda-feira, 21 de janeiro de 2013

Já é Amanhã




Já é amanhã
Ao menos no relógio
Eu ainda pensando no hoje ¿ontem?
Onde se dividiu o dia sem que eu sequer notasse?
A cabeça fervendo pedindo pela noite inteira
O corpo desmoronando pedindo pelo colo delas
E daí que já é amanhã?
Menos sono, mais ação
Mais vida, mais arte
Mais grana pra sempre faltar
Vontade de fazer tantas coisas
E aquela sensação de bagunça
Que não te deixa saber por onde começar
Uma paz caótica
Um caos tão calmo quanto o vento
Olho pro violão que hiberna sem cordas
E ouço as notas das mesmas canções de sempre
“Isso é bom, mas é ruim, mas é assim...”
As marcas do violão se confundem
Elas, minhas cicatrizes
Minhas tatuagens que não são de tinta
Esse relógio que não para
É cada vez mais amanhã
E eu querendo que hoje fique mais pouco
Não sei porque
Sem razão qualquer
Só pra matar a saudade da madrugada
Entre cafés e folhas em branco
Entre copos e ruídos silenciosos
Que só eu escutava
Hoje, mais silêncio
Dessa vez pra não acordar quem tenta dormir
No quarto do lado descansam minhas razões
Dois corpos num só, minhas meninas descansam
E eu me rendo...
Todas as madrugadas agora são só delas
Os cafés serão companhia
As folhas em branco, quem sabe...
Hoje ajudaram a dar boa noite...
Então, até que mais esse hoje se vá!
Até mais!

Mateus Carneiro
22/01/13 – 00:19

terça-feira, 1 de janeiro de 2013

Já é outro dia... outro ano... São outros quinhentos



Já é outro dia... outro ano...
São outros quinhentos
Promessas que passam de ano pra ano
Novas chances, novas mesmo!
A vida que cresce dentro dela
Te faz crescer também
Aquelas promessas ficam pra trás
Agora tua promessa é dela
Tua maior promessa é ela
Olhar a barriga e ver, sentir ela dançar
Não há réveillon que seja mais lindo que isso
Não há ondas à pular, uvas pra comer,
Lentilhas ou qualquer outra coisa
Que te dê mais certeza
Que esse ano que mal nasceu
Vai ser o ano mais importante da tua vida
Ano passado, que parece que estar lá há tanto,
Foi de muito trabalho, muita briga, muito amor
Foi um ano cheio de certezas, de acertos
Cheio de lágrimas, e quase todas,
Lotadas de uma alegria única
Todas as razões pra se casar 3 vezes,
E com a mesma mulher...
E casaria outras trinta pra ver aquele olhar de novo
O olhar da certeza que eu também carrego
Agora, é outro ano
São outros quinhentos
Outros 365 caminhos pra sermos felizes
E no meio desse caminho a chegada
O meu riso e o dela, o meu olhar e o dela...
Espero que o sorriso dela
Venham juntos num rosto novo e já tão familiar
Um tanto de força pras noites mal dormidas
Outro tanto por cento de atenção pra quem te deu esse presente
Sempre achando que é pouco
Porque ela te deu tudo...
Mais um tanto desse tudo
Cada manhã que eu puder acordar
E sussurrar pra não acordar minhas princesas...
Ká... Olívia... Amo vocês com a vida!!!
Teu marido te ama e quer sempre...
O pai desde já é, enlouquecidamente, apaixonado por tudo em ti!!!
Que 2013 seja pleno, inteiro, de nós 3!



Mateus Carneiro

01/01/13 – 23:53


quinta-feira, 22 de novembro de 2012

AMO!!!




Te amo
Com a força de um tufão
Com a certeza de cada manhã, cada amanhã
No frio escaldante de uma manhã chuvosa
Ser teu me basta
Me bastava...
Então eu quis mais
Um coração a mais
Uma razão a mais
E ela, ainda sem rosto, nem voz
Já me toma inteiro pra si
Então, naquela manhã de um sol ensurdecedor
Elas me bastam
E eu não quero mais nada
Me basta o movimento ainda leve
Que vive dentro dela
O som da música mais linda
Um compasso, ritmado, perfeito
Me basta as noites mal dormidas
Pra velar o sono
De quem fez do próprio corpo
Morada de toda a minha vida
Eu te amo...
Eu te amo...
Eu amo vocês duas...
Minhas princesas
Minhas guerreiras...
Meu maiores amores de todas as vidas!!!


Para Karini e Olívia

Mateus Carneiro
23:24 – 22/11/12

segunda-feira, 12 de novembro de 2012

Cara...



Cara, para, pensa!
Repensa cada passo torto
Tudo o que um dia te machucou
Mesmo com a cicatriz aberta
Pensa, olha bem pra ela
O sopro que a ferida ganha
Faz valer a pena a dor?
A dor é maior que a dor que tu mesmo causa?
Pequeno, infeliz
Dotado de toda a raiva que não pode ser tua
Outro que mora dentro de ti fala demais
Fala sem pensar, fala nem pensar!
As mãos tremem
De medo, de vergonha
O espelho mostra quem tu não é
Cara, para!
Olha o todo em volta
Melhor hoje ou como há anos era?
Melhor o gosto que a vida tem hoje
Ou os amargos que as noites traziam?
Cara, cresce!
Olha pra tua barba já meio branca
Toma vergonha na cara e cresce!
Seja o pai que tu queres ser
Seja o homem que tu queres ser
Seja alguém que mereça
Todos os presentes que tens recebido
Seja forte, seja firme quando pra ser
Seja doce, seja dela,
Sempre dela, sempre deles
Pra sempre!
Esquece se a velha história tem nova versão
Esquece e perdoa o que não tiver perdão
Faz! Age! Seja! Corre!
Deixa no ontem o que morar lá atrás
Olha pra frente
Peito aberto, boca fechada
Não inverte!!!
Peito aberto, boca fechada
Alma leve, coração leve
De pesado, só o número da balança
E até isso deve mudar!
Faz! Age! Anda! Corre!
Respira fundo! Respira lento!
Respira o ar que tu ganhas
Todos os dias quando acorda, olha pro lado
E vê tudo que tu precisa pra ser feliz!
Olha no olho, pede perdão!
De joelhos, de verdade
Da boca pra dentro
Do fundo da alma
De dentro do coração
Cara olha bem pra tua cara!
E enxerga o óbvio
Vê a sorte que te cerca
O muro que te impedia
Foi feito por ti mesmo
Olha pra longe pra enxergar do lado
Olha pra dentro pra enxergar longe
Olha pra ela e grita que ama
Chora, sente o amor que tu sentes desde sempre
Desde o primeiro beijo
Desde quando tudo eram ligações intermináveis
Desde quando tudo passou a ter sentido
Teu rumo é esse!
Teu lugar é esse!
E o lugar dela é do lado
De mãos dadas contigo
E com a soma desse amor
Que vocês chamarão de filho!


12/11/2012 – 11:34


quarta-feira, 10 de outubro de 2012

Te amo tanto...



Te amo tanto que tenho todo o receio
Um medo assim
Uníssono
Entre o arranhar das unhas e o carinho leve
Entre a mordida e o sopro
Te amo tanto que entendo
O medo do rasgar dos dentes
Em um novo-velho filme de vampiros
Assim é meu amor
Sedento
Sente teu cheiro de longe
Como quem fareja a caça
Como quem procura por alimento
¿Porque não?
Meu alimento tem nome, cor
Tom alto e vermelho quando grita
É alimento pra alma e pra carne
Pra minha boca e poros
Por vezes ferozes de fome e sede
Por outras só quer teu hálito pra dormir tranqüilo
E teu nome e cor
Teu gosto e tom
São o que me fazem
Uníssono
Entre o beijo e o mastigar
Entre o abraço e a prisão
Entre a presa e a pressa nenhuma
Em sair de perto
Desse imenso todo
Que eu ainda tento decifrar


Mateus Carneiro
05-11-11 - 20:48

terça-feira, 28 de agosto de 2012

¿Saber nadar?



Saber nadar onde não dá pé
Saber nadar
Quando a correnteza é forte
Quando é contra
¿Seguir a maré ou nadar contra a corrente?
Essa corrente de elos fortes
Que por vezes te prende, te puxa
¿Seguir a onda ou se deixar levar por ela?
¿Nadar por baixo d’água sem abrir os olhos
Ou deixar que o sal arda e cure?
Os caminhos sempre mudam
As marés sempre mudam
Da areia a visão é melhor
Mas não tem o sabor de sentir a onda quebrar
¿Assistir ou fazer parte?
¿Ser parte ou ser todo?
Eu, que sei nadar
Ainda tenho medo
Quando não encosto os pés no chão
Levitar? Flutuar? Voar?
Tudo é questão de não ver o final como opção
Bater os pés, trancar a respiração
Fazer da água sobre a cabeça
A maior razão pro impulso
Saltar, transcender, alcançar
Ir fundo, conhecer
Saber nadar em toda profundidade
No mar desconhecido
Nas águas que sempre mergulhou
Tudo é água e imensidão
O que muda é
Saber nadar ou não!


Mateus Carneiro
   28/08/12 – 10:35                                                    



terça-feira, 12 de junho de 2012

Dia dos Namorados




DESEJAR FELIZ DIA DOS NAMORADOS
É PURA REDUNDÂNCIA
QUANDO SE PODE DIZER OLHANDO NO TEU OLHO

EU TE AMO TODO DIA
EU TE AMO O DIA TODO

DIA 11, DIA 12, DE 1 A 31
DE JANEIRO À JANEIRO

EM DIAS SANTOS
EM FERIADOS
EM DIAS DE PREGUIÇA
NAS NOITE DE FILME

NAS DIETAS
NOS EXAGEROS

NOS SABORES
QUE A VIDA DO TEU LADO PROPORCIONAM

TE AMO AS 7 DA MANHÃ
NO MEU ‘‘ATÉ LOGO’’ SILENCIOSO
AMO DEPOIS DA MEIA NOITE
NO TEU ADORMECER LEVE

TE AMO BARULHENTA
DE TPM
QUERENDO MATAR UM
MESMO ESSE UM SENDO EU

TE AMO CHORANDO
POR QUALQUER RAZÃO
OU SEM RAZÃO ALGUMA

AMO SER TEU PORTO
TUA CALMA
A FALTA DELA

TUA PELE
TEU CHEIRO
TEUS OLHOS ILUMINADOS
AMO OS 3 SEGUNDOS
ENTRE O FECHAR E O ABRIR
DOS TEUS OLHOS
QUANDO TEU OLHAR É MANSO

TE AMO
NÃO SÓ POR
ESSE ANO E MEIO
MAS PELAS VIDAS INTEIRAS
QUE TEMOS JUNTOS.

FELIZ DIA DOS NAMORADOS
É REDUNDÂNCIA

FELIZ POR SER
TEU NAMORADO
TEU MARIDO
TEU AMANTE

FELIZ PORQUE
TU É MEUTUDO!

Mateus CarneiroKarini Lima
12/06/2012 - 09:16

para

terça-feira, 13 de março de 2012

¿O que te acalma?



O que te acalma?
O que te traz paz?
Em um segundo de angústia
O que te traz paz?
As memórias dos teus ontens?
As incertezas dos amanhãs?
As imagens que se formam
Tão iguais a tantas outras
O que te faz sorrir?
O que te faz cantar?
No meio da tempestade
O que te faz cantar
Aquela música rápida
Que te faz pulsar?
O nervoso, a necessidade
O prazer do desafio?
No olho do furacão
O que te faz cantar?
Entre tantos “entretantos”
Tudo segue!
Em “filmes de guerra...”
Em “... canções de amor...”
O que te chama a atenção?
A roupa já não tão branca da enfermeira
Ou o som dos violinos explicando a dor?
O que te move?
O que te faz ficar parado?
Em quatro ou seis letras
No fim, tudo é igual
Mas nosso tudo não tem final
Somos iguais novamente
Em cada dia, em cada anoitecer
No final das contas
Sem precisar fazer contas
Tu és a resposta certa pra tudo


Mateus Carneiro
04/03/12 / 10:32

quinta-feira, 12 de janeiro de 2012

Ler é um Bocejo

Ler é um bocejo, ao menos pra mim.
Mas não me levem à mal. Nem me levem a sério!
¿Sabe o bocejo de dia começando? É esse!
Efeito dominó, causa e efeito.
Minha mulher lê muito, lê sempre. Eu não!
...
Ao menos não lia, ou não gostava, ou não gosto!
Estranho quem escreve dizer que não é de ler, ou não?!?
Vi tantas vezes ela abrir um livro, nunca a mesma capa...
(Ou ela lê muito rápido, ou lê tudo ao mesmo tempo)
Que por vezes já me peguei folheando os meus.
(sim, mesmo sem gostar muito de ler, eu tenho livros)
Ficam ali meio de canto, vez ou outra aparece um novo.
Como esse que me fez ler novamente mais de 10 páginas de uma vez.
Hoje uso o tempo que o tempo dá pra ler um pouco.
Uma, Dez, Cem páginas de um livro que eu já li mais de 10 vezes,
Ou aquele velho livro de poesias de Augusto dos Anjos, Drummond,
Quintana, da minha irmã ou do meu irmão.
Ganhei um livro de frases soltas (é esse exatamente o nome do livro).
Ótimo de ler, frases conhecidas, outras nem tanto.
Mas ele me fez olhar pras velhas capas cobertas por contact e revisitar pontos reclusos do meu eu que gosta de livros.
Desde então estou relendo a Toca do Leão (história da W/Brasil), e sempre estou relendo pela primeira vez os livros do Humberto Gessinger (Pra Ser Sincero e Mapas do Acaso).
Meu ler é um bocejo. Um bocejo da minha mulher antes de tirar os óculos ou as lentes, marcar o livro atual com um clipes colorido e deitar pra dormir.
O que me fez escrever essas coisas meio sem nexo foi o livro da manhã, o Mapas que citei antes. As mesmas frases de sempre que eu nunca havia lido.
Então, tenho à agradecer: Minha mulher, meu irmão, minha irmã.
Continuem bocejando, a cada bocejo de vocês uma página nova (mesmo que relida) é virada num livro meu.

Mateus Carneiro
12/01/12 – 11:48

quarta-feira, 4 de janeiro de 2012

Olhar pra trás é bom

Olhar pra atrás é bom
Mas é ruim, mas faz parte
Ver por onde se passou
Os tropeços
Arranhões e cicatrizes do trajeto
Tudo o que te fez doer
Tudo o que te fez sorrir
E nada, eu disse nada
É questão de medir prós e contras
Mas sim onde cada sensação te levou
Onde cada segundo te fez chegar sem sair do lugar
E desse cálculo sem números
Ver que o resultado é o hoje
Sinceramente
Eu pensei que meu hoje fosse outro
Se me perguntassem há um ano
Até um pouco menos
Minha resposta seria outra
Mas então, olho para as cicatrizes
Olho para o trajeto
Tudo que ainda marca, fere
Tudo que teima em ficar preso
Em fotos, em fatos
São partes do que eu sou hoje
De onde eu estou hoje
Há um ano nada seria igual
Não haveria nada igual
Como não há
Eu juro que fiz as escolhas certas
Mas não faço a mesma jura
Pra falar dos caminhos
O caminho mais fácil
Certamente me levaria pra longe
De tudo, do todo
Ainda tenho as marcas
Vou levá-las sempre comigo
Pra sempre
Mas como alimento e aprendizado
Saber o preço de cada passo
É essencial pra se descobrir o valor de tudo

Ter a certeza que a escolha mais dolorida
Foi aquela que te fez mais feliz ainda no caminho
Eu queria que entendessem
A dor faz parte
Ela também é combustível praquilo que te ergue
Saber o preço de cada corte
É essencial pra aprender o valor da cura

Mas olhar pra atrás é ruim
Mas é bom, mas faz parte

Mateus Carneiro
05/12/11 – 11:25

quarta-feira, 5 de outubro de 2011

É! Eu te amo!


É! Eu te amo
Porque do medo brota uma certeza
Quase que irreconhecível
Com outra cor, um gosto de fruta madura
Eu te amo
E sei disso
Porque são nossos todos os dias
De chuva ou não
Quentes ou não
São nossos todos os dias
Mesmo encolhido
Com a boca seca e sem palavras
Eu sei que eu te amo
E o mais saboroso
É não precisar
Não ter como ordem do dia ou da vida
Te amar incansavelmente
É assim, simples
Mesmo que não seja fácil
Ou ao menos,
Não seja sempre do jeito mais fácil
Sei que somos assim
Juntos mesmo que alguns metros nos coloquem distantes
Mesmo que o silêncio e o olhar digam outra coisa
O cheiro de vida boa e casa leve toma conta
De cada poro meu
Cada gota de saliva ou de suor
De cada segundo que eu passo do teu lado
Tendo em cada um deles mais certeza
É! Eu te amo!


Mateus Carneiro
05/10/11 - 19:43


quarta-feira, 24 de agosto de 2011

O dia me tirou a fome...

O dia me tirou a fome...
A vontade é outra
De outro alimento que não pro corpo
A dor leva o apetite...
Turva a visão, adormece o toque...
Traz o amargo pra língua
Que antes só sentia o teu gosto...
Ainda não entendo a razão
De ter que manchar as mãos e a cabeça
Com frio e tristeza...
Hoje eu não sinto fome...
Sinto medo, muito medo...
De sentir tudo escorrer pelos dedos
E não ter força de fechar a mão
E salvar tudo que nos mantém vivos...

 Mateus Carneiro
05/07/11 – 12:33